17o ano consecutivo - 17 listas \o/
10. Sevendust - Truth Killer: Sevendust é sinônimo de alternative metal de qualidade. Toda vez que eles lançam algo tem que aparecer aqui na lista do Rick. Embora não seja algo novo no som da banda, Truth Killer traz um flerte maior com o new metal old school pois há mais elementos eletrônicos. Esse disco do 7dust é um pouco mais corajoso do que a média deles porque é propositadamente menos coeso, o que é legal no aspecto de abrangência e surpresa.
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09. Julie Byrne - The Greater Wings: Julie Byrne era uma cantora/compositora naquele estilo folk country acústico. Digo 'era' porque esse Greater Wings foi para um rumo mais tecladeiro/espacial, embora traga a essência do som da artista. Com seu vozeirão sensual, ela realmente arrepia espinhas. Julie tem a manha de soar, ao mesmo tempo, tímida e contida, mas impondo em seu vocal uma responsabilidade que está imbricada nas suas lindas e/ou potentes letras.
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08. Matchbox Twenty - Where The Light Goes: banda alternativa que estava inativa há um tempo. Eles tentaram ser o Maroon 5 no disco anterior (o North). Nada errado com isso, mas eles são muito mais necessários sendo eles mesmos. Esse disco mais recente é tão melhor que o North pois eles souberam ser o Matchbox que gostamos, adicionando algumas modernidades sem forçar. De toda forma, o consenso de opinião é que quando as faixas são menos modernas, elas soam melhores, o que eu concordo.. mas não posso querer condenar os caras por quererem evoluir.
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07. Lana Del Rey - Did You Know That There's A Tunnel Under Ocean Blvd: nossa artista contemporânea favorita faz o que quer. E isso é artisticamente tão mais rico do que chamar 35 compositores de Nashville e escrever o hit número um. Embora esse álbum não seja do mesmo nível do Norman, merece figurar nos melhores do ano porque Lana nunca repete a fórmula. Esse aqui é, em tese, um disco de piano e voz. Claro, há bastantes recheios sonoros, e que estão bem integrados. Ela mergulhou nessa essência do folk recentemente e aperfeiçoou esse aspecto da emoção crua aqui.
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06. Depeche Mode - Memento Mori: oficialmente um duo, o Depeche Mode lançou um disco tributo (ao Andy Fletcher). Eles sempre foram compositores exímios, e esse disco mostra isso. A banda navegou por várias fases do seu som, se permitindo até dar uma flertada boa com aqueles momentos mais synthpop do início da carreira. Eles vinham numa constante lançando coisas dark & dark & mais dark. Nesse Memento Mori, eles aumentaram ainda o dark por motivos óbvios, mas abriram espaço para esses elementos lá do começo - o que foi um aceno muito legal.
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05. Helmet - Left: outra banda que fazia um bom tempo que não colocava um disquinho novo aí pro seu povo grunge. O Helmet já sabe que não vai funcionar se eles alterarem muito a identidade sonora, mas aqui eles escreveram faixas bem intrincadas e desafiadoras. Foi legal escutar algumas músicas e realmente voltar em vários pedaços para tentar contar algum compasso complexo, ou estudar alguma costura mais elaborada. Eles vinham simplificando o som há um tempo, mas aqui eles foram para esse lado técnico e foi uma surpresa boa. Significa muito quando uma banda cheia de músicos bons dá o seu melhor.
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04. Host - IX: projeto paralelo ao Paradise Lost, o Host busca aquela identidade dos discos mais eletrônicos que a banda principal lançou. Como o Paradise Lost parou de ser surpreendente há algum tempo, esse Host trouxe a expectativa de trazer algo que nos deixasse minimamente intrigados. Embora o álbum soe um pouco apressado e pouco caprichado, há umas faixas maravilhosas aqui e algumas fillers. Eu diria que 50% do disco é bem sensacional. Esses caras são gênios demais quando capricham.
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03. Rolling Stones - Hackney Diamonds: caramba, os velhos são bons mesmo! Outro álbum bem delicioso aqui, faixas cortantes e com muita essência. Como sempre eles cobrem bastante território. Há os rocks groovados de sempre, mas também muitas referências à black music, blues, soul. Se havia uma banda que não precisaria lançar coisa nova era os Stones, mas eles fizeram um disco bastante bom e necessário.
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02. Foo Fighters - But Here We Are: Perdemos o ótimo baterista Taylor Hawkins, mas ele foi muito bem tributado com esse disco. As faixas são todas boas, e há bastante variedade aqui, trazendo desde o Foo Fighters clássico, mais punky, até elementos mais progressivos e pink floydianos aqui e ali. O disco não tem aquela característica despojada que eles curtem imprimir - ficou sendo uma atmosfera pesada - mas eles soam melhores quando escrevem música com um motivo.
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01. Staind - Confessions Of The Fallen: desde 2012 não tínhamos um disco novo do Staind. E esse disco de 2012 era incrivelmente bom e pesado. Os caras fizeram em 2023 um disco com a mesma vibe, mas com uma cara mais de 'banda iniciante'. Uma produção mais suja e lamacenta. Eu achei melhor ainda, porque ficou mais condizente. Os sons são tão dissonantes e agressivos, e uma produção assim deixou as faixas com uma vibe mais old school. Esse disco tem alguns dos melhores refrãos da carreira do Staind - talvez os melhores, como In This Condition, The Fray e Here And Now. Ninguém esperava que esse álbum fosse bom desse jeito, mas todo mundo que ouve aprova e se rende.